segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Um Papo Com O Cristo

È maravilhoso viver! Ao mesmo tempo que se chega a conclusão de que a vida é complexa, se descobre que na verdade, a complexidade só existe na descoberta da simplicidade da vida...e como ela é simples!

Mas convenhamos, até se chegar a esta conclusão, haja dúvidas que pairam sobre sua cabeça e, te perseguem aonde vá, ou no que venha a fazer.

E neste caso, achei que o mais natural a fazer, em definitivo, seria conversar com Cristo, para dissipar qualquer outras dúvidas que pudessem aparecer, e de forma definitiva, acabar com todos os outros “senãos” que de vez em quando, insistem em marcar presença.

Fui procurá-lo, o encontrei...me aproximei e pedi:
Posso conversar um pouco com o Senhor?

Ele disse:
Claro meu filho! Fale.

Perguntei:
Jesus, que capacidade temos e aonde podemos chegar? Podemos também chegar ao ponto de realizar milagres?...ate aonde podemos ir??

Ele disse:
Os milagres, tal como vocês o entendem, não existem! O poder de meu Pai é tão imenso que não é necessário alterar a ordem das coisas feitas por ele mesmo. Um grande exemplo de milagre é justamente as suas cegas crenças da existência de milagres!
Entenda que, basta-te a fé na existência do Pai, e nisso se resume tudo.


Perguntei:
...E sobre o pecado, a salvação e condenação?

Ele respondeu:
Não meça o tamanho de meu Pai, por conta das medidas dos homens! Nem confunda a religião de autoridade com a do espírito. Algum dia todos os mortais compreenderão que só o caminho da experiência e da busca pessoal é digna da centelha Divina que os alimenta. Até que os Humanos evoluam, será comum a eles as cerimônias religiosas , infantis e superticiosas, tão características de povos primitivos. Enquanto a humanidade não atingir um nível superior, assim reconhecendo as realidades da experiência espiritual, muitos preferirão as religiões autoritárias, que só exigem a concordância intelectual. Essas religiões da mente, apoiadas na autoridade das tradições religiosas, oferecem um cômodo refúgio as almas confusas, duvidosas e incertas. O preço a pagar pela por esta falsa e sempre provisória segurança é a fiel e passiva aceitação da verdade dos homens, mas não as divinas. E te digo que, ao unir seus destinos ao das religiões da autoridade, perderão a sagrada soberania de suas personalidades, renunciando assim ao direito de participarem da mais apaixonante e vivificante de todas as experiências humanas: a busca pessoal da Verdade e todo o quanto isso significa...

E perguntei então:
...e o que representa esta ‘busca pessoal”?

E Ele respondeu:
E tu, embarcado nesta fascinante aventura de descobertas e certificações que é o viver, ainda não o sabe? Que me diz das alegrias das descobertas e da emoção da vida em si? As tristezas vividas e as decepções não compensam o muito a ser descoberto? Esta é a grande busca!

Calei, pelo tão óbvio...

Ele continuou:
Os descobrimentos sempre constituem uma aventura e um risco, mas só os audazes, os que obedecem seu próprio EU estão capacitados para enfrentar isso, esta aventura. Só esses, os autênticos “buscadores” da Verdade, sabem explorar com determinação e sem medo as realidades da experiência religiosa pessoal. Tu mesmo vem experimentando a satisfação do triunfo da fé sobre as dúvidas intelectuais. E essas vitórias, único objetivo da existência humana, só conduzem a um fim: a busca pessoal de Deus. Em verdade te digo que, todo homem que se empenhe nesta aventura encontrará o Pai. A religião do espírito significa luta, conflito, esforço, amor, fidelidade e progresso. O dogmatismo, ao contrário, só exige de seus fiéis uma parte ínfima deste esforço. Não se esqueça que a tradição é um caminho fácil, cômodo e um refúgio seguro para as almas fracas, temerosas e incapazes de afrontar as lutas dos espírito e das incertezas. Os homens de fé viajam sempre pelos difíceis oceanos, a busca de novos horizontes. Os submissos limitam-se a navegar pela costa, ou a fundear suas inquietudes ao abrigo de portos limitados, pequenos, inadequados a navios de maior porte, mais audazes e destemidos.

Sem pensar, observei que essas suas palavras, em meu mundo, poderia novamente o levar a morte ou a incredulidade...pensara em voz alta!

Mas com toda naturalidade, fez uma observação ainda mais óbvia:
Não se esqueças que minha passagem pelo mundo foi e ainda será um motivo de divisão e confrontação...

E novamente sem pensar, perguntei:
Me diga, o que deve fazer um homem que deseje encontrar a verdade?

Com um sorriso perguntou:
Ainda não conseguiste compreender a minha mensagem?

Me envergonhei...

E Ele continuou:
Confiar em nosso Pai. Só isso! Cada amanhecer, cada momento de tua vida, ponha-te em Suas mãos. Lute sempre pela fraternidade entre os humanos. Lute sempre pela tolerância e pela justiça. Lute sempre pelos fracos. Ele se encarregará do resto.
Nunca se esqueça que uma parte do Pai entrou em ti há muitos anos!

E por fim, perguntei algo que sempre quis saber:
Jesus, porque Deus iria Lhe querer uma morte tão covarde, cruel e violenta?

Ele respondeu:
Antes de minha encarnação na terra, os homens podiam crer em um Deus colérico e vingativo, sedento por justiça. Sua ignorância era perdoável. Agora, revelei-lhes um Pai misericordioso que só conhece a palavra AMOR. Crês, então que, um Pai pode desejar esta morte para um filho? Sua vontade era que eu permanecesse no seu mundo até o final. Se eu compartilhei a morte, o foi para demonstrar que a fé em Deus nunca é estéril. Sei que, apesar de minhas palavras, muitos deformarão o sentido de minha morte na cruz. Eu não vim ao mundo para saldar uma suposta velha conta dos homens para com Deus...

Me surpreendi, e percebendo minha surpresa, acrescentou:
Sei o que estás pensando. Estás enganado, como se enganam todos os que assim pensam. O Pai celestial não pode conceber jamais a grave injustiça de condenar uma alma pelos erros de seu antepassados.

Retruquei:
Então, essas idéias de redenção pela cruz...

Deu um sorriso simples e continuou:
A tendência ao vicio pode ser hereditária. O pecado, ao contrario, não se transmite de pai para filho. O pecado é um ato consciente e deliberado de rebeldia contra a vontade de nosso Pai Universal e contra as leis do Filho. Toda a idéia de resgate e expiação, portanto, é incompatível com o conceito de Deus. O amor infinito de nosso Pai ocupa o primeiro posto dentro da natureza Divina. Em verdade te digo, que o senso de salvação pelo sacrifício está arraigado no egoísmo. Eu tenho pregado que a vida de serviço é o conceito mais elevado de fraternidade entre os que crêem. E te digo mais, digo que a salvação é crer na Paternidade de Deus! A maior preocupação dos fiéis do Reino não deveria ser seu desejo egoísta de salvação pessoal. Só a necessidade de amar a seus semelhantes acima de si mesmos. Os autênticos crentes não se preocupam com o possível e futuro castigo de seus erros. Interessam-se somente pelo restabelecimento do contato com Deus. Decerto um pai pode castigar seus filhos, mas só o faz por amor, com o único objetivo e sentido puramente disciplinar.

E eu disse:
Então há um castigo futuro...!!!

E Ele responder:
Não como tu imaginas! Nosso pai é amor. E o amor é contagiante e eternamente criador. Crês que não existem outros meios melhores do que o castigo para corrigir os erros das limitadas criaturas mortais? Antes de eu vir a este mundo, e mesmo que não tivesse vindo, todos os mortais do reino já dispunham de uma salvação. Nosso Pai, repito, não é um monarca ressentido, severo e implacável, cujo principal prazer consiste em localizar e perseguir criaturas que agem na obscuridade e no pecado. A própria idéia de um resgate, ou expiação colocaria a salvação em um plano de irrealidade. A salvação humana é inegável e se baseia em dois únicos princípios: Deus é nosso Pai e, conseqüentemente, todos os homens são irmãos.

E perguntei finalmente:
Quando então acabarão as maldades e as covardias.

E Ele respondeu sem vacilar:
Quanto compreenderem o verdadeiro significado do AMOR!


Despedi-me dele com um profundo agradecimento por ter compreendido, mesmo que na forma mais básica, que a verdadeira religião se reconhece dentro de si mesmo. Que a busca de Deus é o verdadeiro caminho de cada um e que, por mais difícil ou confuso que possa ficar este entendimento, a verdade é que, buscar a Deus é se conhecer, e se conhecer é reconhecer em si seus valores, conceitos, posições...sua moral e fé!

Foi indizível constatar que, ao partirmos para esta aventura impagável do nosso conhecimento e busca, se depara com as respostas mais simples e óbvias nas questões da vida e de nós mesmos.

Descobrimos que tudo, tudo mesmo se encerra em duas máximas, que são o Amor ao Pai, acima de tudo, e aos irmão como a ti mesmo...todo o demais que se choque com essa duas máximas, saem do caminho do verdadeiro conhecimento, e da descoberta da verdadeira vida.

É realmente maravilhoso viver!! Uma aventura sem comparação a qualquer outra coisa...

...e por isso, VIVA!!



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O diálogo foi inspirado e verdadeiramente copiado do livro “Operação cavalo de Tróia 3”, com o único intuito de demonstrar que, antes de mais nada, a moral de cristo é perfeitamente coerente e completa. De outra, também para sugerir a leitura deste livro, ou melhor, desta série, que muito vai intrigar a todos que o lerão, mas antes, irá mexer com seus verdadeiros conceitos e senso de realidade...siga a sua intuição sempre!
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