terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Nem o Espião Ama Mais



Quantas regravações! Hoje é possível diferenciar facilmente uma canção atual, de uma antiga... salvo raras exceções. Talvez pela diferença regravem tanto as antigas.

O tempo? O tempo nada! Depois de recorrerem a declamações, sem qualquer recurso vocal, digitalizarem ou sobreporem alcances e entonação em que o "artista" não consegue sendo ao vivo, a música - o talento - começou a se diluir.

Antes viajávamos no bailado de violinos que estampavam o fundo de uma gostosa melodia, entrelaçados pelos sopros, em dueto ou duelo. Revezavam-se os instrumentos em arranjos ricos, feitos de pura arte em que muitas vezes nos surpreendia pela criatividade e até o inusitado. Guitarras em solos magníficos, em que hoje são raros.

Hoje, artistas consagrados, vários, se mostram em canções com forte marcação, em melodia repetitiva, cansativa (se é que pode chamar de melodia... ou melhor, de MUSICA!) onde declamam, quase falam ao invés de cantar.

Ou... vamos a um show para constatar que o vocalista, sem recursos digitais, sequer consegue igualar o canto do palco ao da gravação...talvez por isso a adoção de canções declamadas, onde a voz... que voz?? E precisa de voz? Para falar e/ou declamar, nem é preciso ter voz. Funk... hip-hop... pra que saber cantar?

A arte ta tão escassa, que ao ver uma Miranda Cosgrove surgir, nos surpreendemos. E passamos até a pensar: até quando esta menina vai seguir se destacando? Até quando seu talento vai resistir? Tomara que resista. Na verdade ela tem talento, e que talento!, mas dificilmente vai resistir.

Pra apresentar o que seja talento, arte e música, mas, muito além disso tudo, o que seja SABER cantar, ficam dois videozinhos aí embaixo...só pra relembrar o que estão querendo que a gente esqueça:






E segue a Ammy em Playbacks, e segue a droga por todos os sentidos, mandando cada vez mais. Batendo os recordes da tolice.

Toda droga é uma droga, não é mesmo?!!

 
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