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Em 2001 houve um fato interessante, que é sempre bom lembrar, até porque nos retorna a situação que podem ser classificadas como "insistentes" (ou "persistentes"?), já que de tempos em tempos retorna sempre no mesmo sentido.

A maior plataforma petrolífera do mundo, a P-36 acabara de ser inaugurada e, com três ou quatro interessantes explosões, descansa hoje a 1.500 metros de profundidade. Era a maior do mundo e levaria o Brasil a sua autonomia, muito antes do previsto. O Brasil detinha a frente na tecnologia de extração deste mineral em grandes profundidades, ou seja, passando de 2000 metros, o Brasil era especialista e estava muito a frente de qualquer outro País, conseqüentemente, a Petrobrás gozava de uma consideração econômica futura invejável.

Era época das privatizações e, surpreendentemente, a Petrobras já havia mandado fazer novas propagandas e todo tipo de impresso com seu novo nome: Petrobrax. Essas decisões foram tomadas muito antes de ser aventado a possibilidade de também se privatizar a Petrobrás, mas ao ser levantada esta possibilidade, houve uma indignação de todos os setores do País, bem como da população...havendo assim uma retomada nas considerações de privatização e a desistência do fato. Após terem desistido da mal fadada privatização, esses impressos foram descobertos, mas como sempre muito mal divulgado por esta “imprensa”...que ao menos ligou o fato a seu presidente, que ao menos detinha a condição de Brasileiro...risos, isso mesmo! O presidente na Petrobrás na época era um estrangeiro!!!

Essa mesma “imprensa” não foi capaz de ligar os fatos da curiosa explosão, da perda de capital e valorização da empresa, dos impressos feitos como se já fosse certo a venda da empresa, bem como a ameaça que era para grandes potências e sua capacidade de dar autonomia a um país que rende muito lucro aos estrangeiros, principalmente com a maior plataforma do mundo!

Essa mesma “imprensa” foi incapaz de levantar as curiosidades das explosões, ocorridas nas bases principais de sustentação da plataforma, que como sabemos, são livres e arquitetadas para estarem sob segurança a qualquer incidente que possa haver, ou seja, perto da sustentação não há nada que possa levar o risco de explodir e lhe comprometer. Mas houveram três explosões sequenciais, justamente nas suas bases de sustentação. Em nenhum outro lugar, apenas nas bases...!!!

O tempo passa, o tempo voa, e o Brasil continua numa boa...

Sete anos após esses interessantes incidentes, a Petrobrás sofre um furto de informações e dados sigilosos da empresa. Após ter descoberto uma reserva de tamanho sem igual, mas a 6.000 metros de profundidade (o que colocaria o Brasil em uma confortável situação econômica futura, frente a muitos outros paises, inclusive potências mundiais), todo o projeto referente ao desenvolvimento da tecnologia (que hoje ainda é impossível extrair petróleo a esta profundidade) de extração a essa profundidade foi simplesmente roubado. Não fora transportado de forma segura e competente, ao contrário, estavam em um container dentro de um navio que fazia seu transporte de uma plataforma, até a sede da empresa...pensar em levar esses dados de helicóptero seria um exagero...ao que parece...!

Mas o mais interessante é que o transporte fora feito por uma empresa terceirizada, estrangeira...risos...a halliburton.

Pena que incompetência, incapacidade e burrice não acabem em demissão neste País.

Mas vejamos, o mais interessante é que a “imprensa” novamente foi incapaz de ligar esses fatos todos, como se a capacidade de extração em grandes profundidades e o deter a maior tecnologia desta extração não merecesse atenção especial das concorrentes, e nem dos paises que ganham e muito com a dependência do Brasil neste mercado.

Pensar assim seria tomar uma posição delicada, tipo acreditar em “teorias de conspiração”...que é coisa de loucos!!!

Mas claro que não...houveram apenas três explosões geradas por erro de projeto e negligencia, bem como atualmente houve apenas um furto simples, sem maiores intenções!!!

Na época da P-36 foi noticiado o seguinte: “Apesar do desastre, a Petrobrás é considerada a mais avançada empresa do mundo nesse tipo de extração de petróleo. Boa parte da tecnologia foi desenvolvida pela empresa, e não tem paralelo no mundo. As plataformas da nova geração de semi-submersíveis para águas profundas da Petrobrás, tipificada pela P36 (que era a maior do mundo, a um custo de 500 milhões de dólares) são capazes de operar poços de petróleo situados a mais de 2.000 metros no fundo do mar, um recorde mundial absoluto.”


Imprensa incompetente, de um País de tolos.


PS- Essa história não poderia receber o titulo de: "Como manter um País dando lucro aos estrangeiros, e como vender informalmente tecnologia de ponta, apenas indicando onde e quando roubar o projeto"???

Será que vem por aí uma CPI para roubos de dados sigilosos?