quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Hasta La Vista, dilma!

10 razões para dizer em alto e bom som: hasta la vista, Dilma!

por Guilherme Traldi 27 de agosto de 2014 

Era uma vez num reino nada, nada distante, um sapo barbudo muito influente e tremendamente poderoso. Um anfíbio repugnante, com uma língua afiada, um diabólico carisma e uma coleção de metáforas futebolísticas nonsense. O Rei de todos os Reis…Da dissimulação e do populismo.
Sob seu manto imperial, vivia a Dona Joaninha, uma fiel escudeira, que aceitava de bom grado todas as controversas decisões do insaciável monarca. Ao perder seus mais queridos cupinchas em uma tramoia organizada pelos inimigos tucanos, o astuto sapão, no alto de sua peculiar altivez, proclamou não existir ninguém melhor que a Dona Joaninha para substituí-lo na condução dos destinos de sua querida nação. Ela era a bolinha vermelha e branca da vez. A escolha perfeita, gabou-se, entre um trago e outro, o ilustríssimo sapo barbudo. Afinal, ela era fidelíssima à causa; aprendera todos os meandros políticos com sua trupe dos tempos de guerrilha. Até com seu grande irmão, o sapo barbudo do Caribe, Dona Joaninha aprendeu a atirar, roubar, ludibriar e, por fim, utilizar a Democracia como um meio para todos os fins propostos pelo Grande ParTido. Era ninguém marx, ninguém menos que a peça certa para manter todas as engrenagens funcionando a contento.
Com uma eficaz máquina de propaganda, formiguinhas devidamente treinadas e valendo-se da incompetência dos outros animaizinhos do reino, Dona Joaninha agigantou-se. Fez uma bela plástica, acertou na escolha do laquê e foi transformada, da noite para o dia, em grande administradora e expert em Economia. Nem a fada madrinha dos contos mais belos de nossa tenra infância, teria o poder de transformar uma criatura incapaz e indefesa em tão pouco tempo. A varinha de condão dos asseclas do intimorato e ladino sapinho barbudo, jorrando papéis-moeda, fez o mercado cair em tentação; não havia uma única alma a duvidar de todos os esses predicados. Dona Joaninha era a salvação da lavoura!
Alguns gafanhotos tentaram alertar a população, mas já era tarde. Mesmo com muitas críticas, dados comprobatórios e provas substanciais de que o sapinho tinha colocado seus 9 dedinhos na cumbuca de melado, os populares não estavam lá muito preocupados. Todos comiam, viviam e se vestiam bem à custa de vários outros insetos operários que topavam realizar o trabalho duro, e dessa forma, sustentar toda essa gigante estrutura parasítica.
O final da história ainda estaria longe de ser revelado, mas qualquer um dos sábios gafanhotos, fartos de alertar incessantemente a bicharada, já possuía consciência de que algo caminhava muito, mas muito mal no epicentro desse reinado. Em mais um dia, belo e ensolarado no reino, Dona Joaninha encontrou-se com os seus 39 ministros sanguessugas. Algum…
CORTA!!!!!!!
Essa historinha meio Waldisniana está partindo para um final muito água com açúcar pro meu gosto.
Por que não mudar um pouco o tema?
Para encurtar a história, vamos sair das fábulas infantis e partir diretamente para o cream de la cream dos filmes de ação. Tá na hora de recorrer ao Exterminador do Futuro, baby!
Permita-me convocar, diretamente do futuro, o cara que vai acabar com isso tudo em trauletadas secas, diretas e cheias de veneno. O Ciborgue T-800 tinha prometido que voltaria, não é? Pois bem…Ele chegou para dar um fim nesse péssimo governo da Dilma Rousseff.
Com vocês, as 10 razões para dizer em alto em bom som: “Hasta La Vista, Dilma!”.


1- Petrobrás
A Petrobrás chegou a valer R$510 bilhões em 2008. Hoje, atolada em escândalos, tem uma dívida de R$300 bilhões e vale R$302 bilhões menos. Segundo a Dilminha, tudo culpa das intrigas, mentiras e impropérios da oposição. Para lembrar aos mais avoados, o mais recente escândalo da estatal foi a compra de uma refinaria americana chamada Pasadena Refining System Inc. Em 2005 essa refinaria foi adquirida por US$ 42,5 milhões pela empresa belga Astra Oil. Em 2006, os belgas, surpresos com tamanha benevolência dos dirigentes brasileiros, concretizaram a venda de 50% das ações dessa mesma refinaria por US$ 360 milhões. Se você acha que o assunto encerra por aí, ledo engano. Como a refinaria não possuía capacidade para refinar o petróleo brasileiro, seria necessário um investimento de mais US$ 1,5 bilhão. Belgas e brasileiros acertaram um acordo para rachar essa indigesta conta, a menos que…
…a menos que entrassem em desacordo. Dessa forma, a Petrobrás se responsabilizaria por comprar a outra metade da refinaria, com remuneração de 6,9% ao ano, mesmo em caso de prejuízo (como é bom trabalhar com o dinheiro dos outros, né?).
E não é que os dirigentes da Petrobrás se desentenderam com os dirigentes da Astra Oil e os belgas resolveram executar o contrato, solicitando o que lhes era devido no processo? Foi assim que mais US$ 700 milhões saíram do caixa da empresa brasileira diretamente para a já polpuda conta dos belgas. Sem receber o valor correspondente da dívida, entraram com uma ação contra a Petrobrás na justiça americana, que obviamente deu razão aos belgas e obrigou a estatal brasileira a efetuar o pagamento imediato. No lugar dos US$ 700 milhões previamente estipulados, a Petrobrás desembolsou US$ 820, 5 milhões.
Só para condensar…Total da brincadeira: US$ 1.180 bilhão.
Dilma Rousseff, então ministra-chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, deu aval para toda essa lambança com o dinheiro público, mas culpou o responsável pelo parecer, o ex-diretor da Área Internacional da estatal, Nestor Cerveró, o Quasímodo brasileiro. Com a influência de uma tenentona dos melhores filmes B americanos, Dilma jura pela alma de Lênin que recebeu um contrato que omitia duas cláusulas importantíssimas: a Put Option, que obrigava a empresa brasileira a comprar a parte da sócia belga em caso de incompatibilidade nos investimentos, e a Marlim, que garantia uma repasse mínimo aos belgas mesmo se a refinaria não obtivesse lucro. Se até eu sei disso, por que cargas d`água a grande administradora Dilma Rousseff não foi atrás dessas informações, já que representava a alta cúpula da estatal? Alguém aí realmente acredita na presidente?
Nem vou mencionar que a Petrobrás vende gasolina mais barato do que compra no exterior. Esse absurdo do planejamento econômico criativo chancelado por nossa maestra será interrompido pela sede de sangue do Ciborgue T-800.
“Desgraça Foster, presidente da Petrobrás, tem uma estrelinha vermelha do PT tatuada no pulso esquerdo? Pode metralhar, T-800!!!!”


2- Mais Médicos
O Programa Mais Médicos é o mais alardeado do governo Dilma. E certamente, a mais vergonhosa e ultrajante medida tomada em todos estes anos que o PT controlou a máquina estatal.
Já são 11.442 os cubanos que aqui trabalham, em condições muito duvidosas. Vamos ao checklist: suas famílias não os acompanham; o salário atual é de 10.482,93, mas os pobres cubanos recebem cerca de R$ 2,9 mil por mês, já que o restante do salário é retido pelo governo cubano; os profissionais estão impedidos de deixar o programa porque não têm autorização para exercer a medicina fora dele.
O governo brasileiro afirma que isso não configura contrato de escravidão. Obviamente, muita gente caiu no golpe. Ora, se expropriar aproximadamente 70% do produto de trabalho destes profissionais não representa a tão vilipendiada “mais-valia”, não sei onde a alta cúpula do PT vêm escondendo os livros de Karl Marx para negligenciar este “detalhe” que eles tanto lutaram contra, durante todos os anos de oposição. 
O Programa não foi criado para resolver a questão médica no Brasil. Caso fosse o objetivo principal, bastaria afrouxar certas restrições para o exercício da medicina no país, como exames de revalidação do diploma, por exemplo. Fato é que os pobres cubanitos foram usados como massinhas de manobra nas mãos do governo brasileiro e da ditatura castrista. Um atentado gravíssimo contra os direitos humanos que ainda é usado em todas as propagandas do partido. Uma vergonha. 
Para melhor ilustrar a falácia em que estamos todos atolados até a cintura, vou citar uma recente declaração do ex-presidente Lula.
Ao discursar para meia dúzia de metalúrgicos na fábrica da Ford, apresentou o candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, como “um petista muito jovem, médico que foi para a Amazônia cuidar de doenças tropicais em vez de ficar comodamente na Avenida Paulista”. Mais uma vez, nosso querido ex-presidente promove a famosíssima guerra de classes, deturpando pela enésima vez os direitos e os deveres dos médicos. Segundo Lula, os profissionais da medicina não podem exercer sua profissão com autonomia, e devem sofrer discriminação caso recusem trabalhar em instituições que não ofereçam segurança para os pacientes e recursos mínimos para o desempenho ético e técnico da medicina. Toda essa logorreia virulenta do nosso carismático eterno presidente representa um tipo de mentalidade torpe que valoriza os curandeiros errantes, esses “profissionais” que detém a obrigação de aplicar a medicina Macgyver e sair por aí salvando gente com agulhas enferrujadas, curativos vencidos e mertiolate. Teria sido muito legal se o próprio Lula tivesse sido curado do câncer por algum Pajé ou algum Dr. Fritz da vida. Mas, felizmente, foi curado por algum desses médicos safados que ficam na Avenida Paulista pesquisando e desenvolvendo novos processos clínicos e inovações tecnológicas para a área. Vagabundos ordinários que estudaram mais do que todas as encarnações do ex-presidente para desenvolver essas porcarias de transplante facial, prótese de retina, testes genômicos para tratamentos do câncer e etc. No final das contas, quem segura o piano é essa parcela da população que nosso amiguinho barbudo insiste em atacar.
“O governo é essa festa toda e ninguém me convidou?”


3 – Dias Toffoli
O ministro Dias Toffoli –  ex-advogado do PT nas campanhas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 19982002 e 2006 – , do Supremo Tribunal Federal (STF), assumiu a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e está no comando da fiscalização e julgamento dos litígios legais das eleições de outubro próximo.
As ligações com o PT, explicitadas por uma longa ficha de ajuda e subverniência ao alto escalão do partido, não conseguem mascarar seus reais objetivos. Em recente entrevista para o repórter Roldão Arruda, o ministro mostrou-se, mais uma vez, peça chave nos planos de dominação do Judiciário pelos caciques petistas.
O final do diálogo entre o repórter e o ministro é realmente assustador e indica que o dissenso e a imprensa livre são bandeiras fictícias para os donos do poder. Transcrevo agora o trecho mais emblemático.
“Repórter: “Ministro, o senhor já foi advogado do PT e agora vai presidir o TSE. Há alguma incompatibilidade?”. Toffoli: “Você tem que perguntar isso para o Aécio Neves, o Eduardo Campos e a Marina Silva. Não para mim”. Repórter: “Por quê?”. Toffoli: “Ora, o que está no substrato de sua pergunta é uma indecência. É preconceituosa e desrespeitosa. Você não tem legitimidade para me impugnar, nem a mídia. Vá fazer a pergunta para o Aécio, o Eduardo e a Marina, porque eles têm”.
Para se defender de um questionamento, que por sinal é de interesse estratégico para milhares de brasileiros, o ministro ataca os outros candidatos à presidência.
Vociferar contra líderes políticos de outros partidos pode indicar as verdadeiras atribuições de Dias Toffoli. Além de sua atuação indecente nos julgamentos do mensalão, eticamente questionada pelas notórias conexões com o PT, o ministro prova que é um mero fantoche nas mãos dos poderosos. Uma pessoa que é nomeada para compor a mais alta Corte de Justiça do País depois de ter sido reprovado em concurso para ingresso na Magistratura de primeira instância, indica que o atalho mais fácil para se chegar ao topo no governo Dilma é o caminho da reverência e fidelidade canina ao Rei. Estamos todos nus.
“Amigos, amigos, negócios à ParTe, não é David?”


4- Setor elétrico
Quando o assunto é o setor elétrico, o sofisma atinge níveis incomensuráveis. A culpa sempre é jogada em quem não pode se defender. Já culparam a falta de chuva e o erro técnico de alguém que ninguém sabe quem é, ou pelo menos não foi identificado até agora. Já sobrou até para o pobre São Pedro, coitado. Só não mencionam a incompetência dos responsáveis diretos pelas manobras econômicas. Estranho, não?
Fato é que o setor elétrico do governo Dilma entrou em curto-circuito há muito tempo. Primeiramente, veio a sanha controladora de preços desse governo. Existem mil e um cases que demonstram por A + B que isso não funciona e jamais funcionou em qualquer outro lugar do mundo. Mas as trapalhadas do ministro Lobão e Cia parecem não ter fim.
Vamos ao primeiro equívoco: o preço. Reduzir à força a tarifa cobrada dos consumidores residenciais e industriais só estimula a utilização de um serviço caro e escasso que não propulsiona investimentos para aumentar e melhorar a oferta. Na verdade, o efeito é contrário; as empresas só não quebraram porque o governo federal repassou quantia semelhante a 20 bilhões de reais – dinheiro do contribuinte – como subsídio em 2013. Depois, chegamos até o mágico controle da inflação. Com valores represados, o governo acredita que pode controlá-la e mascará-la, mas as inexoráveis leis de mercado continuam dando uma sova nos planejadores centrais da presidente. Estimular o consumo com subsídio do Tesouro Nacional, piorando o decrépito estado das contas públicas e afugentando investidores certamente não criará oferta para atender à demanda.
“Troféu Joinha especial para você, Dilminha!”


5- Caça às bruxas: liberdade de expressão só para quem pensa com a cabeça do governo
Recentemente, o governo brasileiro perseguiu o Banco Santander e uma pequena casa de pesquisa independente, a Empiricus Research, por ter sido, tão e somente, criticado pelo modo tosco como vem conduzindo a política econômica. No caso do banco espanhol, o negócio foi realmente um atentado à liberdade de expressão.
Cerca de 40 mil correntistas receberam uma notificação do Santander com os seguintes dizeres: “se a presidente se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas, um cenário de reversão pode surgir. O câmbio voltaria a se desvalorizar, juros longos retomariam a alta e o índice da Bovespa cairiam revertendo parte da altas recentes”. A presidente Dilma, no alto de sua empáfia, pressionou a diretoria do banco, que demitiu o funcionário responsável pelo texto. Para variar um pouco, Luiz Inácio Lula da Silva veio em defesa de sua cria, afirmando que o responsável pelo relatório “não entende nada de Brasil ou do governo Dilma” e o “banco poderia mandá-la embora e dar o bônus para mim, que eu sei como é que eu falo (sic)”.
A gênese de todo esse comportamento é muito clara; o PT quer apenas cercear a liberdade das pessoas, impedindo-as de saber detalhes de assuntos que já não são novidade para ninguém. Mais do que isso, querem impedir a circulação de conteúdo que todo o mercado financeiro já sabe. Do estagiário ao rico investidor, todos, absolutamente todos sabem que as empresas estatais disparam nas bolsas quando surgem boatos de queda da presidente nas pesquisas eleitorais.
Se impedir alguns de falar e outros de ouvir não representa caráter autoritário, então eu não sei mais como classificar esse tipo de atitude. 
Na dúvida, lembre-se que o reino político vive das aparências. O PT joga sujo e consegue ludibriar boa parte da população, lançando migalhas para determinados setores da sociedade e injetando esteroides em empresas selecionadas a dedo pelos caciques. Tudo isso com um único intuito: manter seu plano hegemônico.
Se Dilma ganhar a reeleição, pode se preparar meu caro eleitor. O índice das ações brasileiras vai cair e o dólar vai subir. Terrorismo eleitoral? Não! Apenas uma análise resumida das opiniões de gente que manja de verdade do riscado. Infelizmente, ninguém que trabalha no governo atual.  
“Esse futuro é fácil de exterminar! Basta não votar na dita cuja”.


6 – Guido Mantega
Guido Mantega talvez seja o maior expoente da mitomania, um transtorno psicológico caracterizado por contar mentiras compulsivamente, dando uma nova roupagem às falácias propagadas, tornando-as bem vistas aos olhos do público. Digamos que o nosso Ministro da Fazenda mente tanto, com tanta ênfase, que acaba tendo dificuldade em separar o que é verdade e o que é invenção. Essa prática é muito comum, principalmente no governo petista, porém, quando a dissonância cognitiva eleva-se à proporções megalômanas, torna-se extremamente complicado separar o diletantismo da lorota com intenções populistas.
Abaixo, segue a transcrição de uma entrevista dada pelo pai da Marina Mantega – talvez o único acerto do economista – à Revista Isto É Dinheiro em 2010. Deliciem-se com o gênio que comanda nossa economia. A vergonha alheia deixará vossas maçãs do rosto ruborizadas com tamanha perspicácia demonstrada em tão poucas palavras.
ISTO É: O nível de tributação no Brasil ainda é muito elevado. Não está na hora de uma mudança? O turista brasileiro que vai para Miami paga um décimo do valor cobrado aqui nos produtos que compra.
Mantega: Não acho que a carga tributária seja elevada. Ela tem caído. O que aconteceu é que as empresas estão pagando mais Imposto de Renda porque tanto a formalização quanto a fiscalização da Receita aumentaram. Quem já pagava, agora paga menos. O investidor e o empresário estão pagando menos. Há menos IPI, menos PIS/Cofins, para alguns setores. Reduzimos o prazo de depreciação dos equipamentos. Também reduzimos a apropriação do prazo do PIS/Cofins. Temos desonerado bastante.
Alguém entendeu alguma coisa? A carga tributária tem caído, mas as empresas estão pagando mais imposto de renda. Trocando em miúdos, o governo confisca dinheiro do setor privado, a arrecadação sobre e a carga tributária, como em um passe de mágica, cai. Brilhante!
O Brasil tem a 2ª maior carga tributária da América Latina e continua sendo uma das mais altas do mundo - 36,03% do PIB.
Parece que aos olhos do ministro, a carga tributária ainda não é tão elevada. Significa? Significa.
ISTO É: Qual é o efeito cambial?
Mantega: A desvalorização do dólar é de mais de 50%. Então, lá fora tudo fica mais barato. Há um desespero dos produtores. O pavor de Ben Bernanke, presidente do Fed, é a deflação. Além do mais, os Estados Unidos não produzem mais nada, trazem tudo de fora. Por isso fica barato. Foi assim que desestruturaram a indústria. Não queremos isso aqui. O câmbio é a maior arma comercial que nós temos hoje.
Segundo o gênio da lâmpada, o dólar estava desvalorizado em mais de 50%. Qual a relação? Em relação a qualquer outra moeda não pode ser. Em regimes de câmbio flexível não existe desvalorização ou sobrevalorização de uma moeda em relação a outra. O câmbio é determinado pelo poder de compra de cada moeda.
Se resolvem desestruturar a indústria “trazendo tudo de fora” e consequentemente “tudo fica barato”, como podem os americanos, com o dólar desvalorizado em 50%, fazer com que importações sejam baratas a ponto de desestruturar sua indústria? Seria o contrário, neste caso; o dólar elevaria o preço das importações para os americanos em 50%. O ministro encerra, afirmando que a maior arma que temos é o câmbio, ou, deixando de lado o economês, a aplicação de manipulações cambiais para impedir que o povo brasileiro adquira produtos estrangeiros de melhor qualidade por um preço bem menor. Óbvio, não? Parece que não. Hoje, até o óbvio merece explicação.
ISTO É: E o que o governo pode fazer para atacar esse problema?
Mantega: O governo tem de atuar no câmbio, e estamos fazendo isso. Não dá para fazer milagre. Tanto os Estados Unidos quanto a Europa estão com a moeda desvalorizada. Vários países têm juro real negativo. Estamos com o câmbio melhor do que antes, porque tomamos medidas eficazes, como o IOF. Tomamos medidas de defesa comercial, como o IPI dos carros. A importação já está caindo.
O que determina a taxa de câmbio é o poder da moeda, logo, o que ele reitera nessa resposta em relação a “atuar no câmbio” não faz sentido algum.
As últimas duas frases são emblemáticas: na primeira ele contradiz o que já havia afirmado sobre o IPI na primeira pergunta feita pela revista. Na frase final, ele comemora o fato de ter dificultado as transações comerciais voluntariamente feitas por brasileiros. Para o ministro, não ter acesso a produtos importados, de melhor qualidade, é um dádiva e um dos vários pontos positivos da sua administração. Enfim… Os brasileiros devem ser penalizados por preferirem produtos melhores e mais baratos.
ISTO É: As montadoras podem subir o preço? Há acordo para evitar isso?
Mantega: Quando aumentamos o IPI, fizemos um acordo para não subir os preços. Se subir, a gente reverte. Não permitiremos que o consumidor brasileiro seja prejudicado.
Tá “serto”! Aumentar o IPI em 30 pontos e encarecer em até 75% os veículos importados é uma ajuda e tanto ao povo brasileiro. Muito obrigado, ó onisciente Mantega!
ISTO É: Os preços não cairiam mais para o consumidor se o mercado fosse livre?
Mantega: Se o mercado fosse livre, iria acabar com a indústria nacional. Só haveria produção na China, na Coreia, e o Brasil se tornaria só um grande importador. Voltaríamos ao Brasil da Primeira República.
Segundo nosso queridíssimo ministro, só existem livres mercados na China e na Coréia. Por quê? Se Coréia e China ganham com o livre comércio por que cargas d`água não podemos ter um sistema semelhante no Brasil? Somos tão idiotas e incompetentes assim? Se realmente tivermos que concorrer com os tigres asiáticos, apresentando produtos de qualidade com eficiência, vamos tomar um coro, segundo o ministro. Infelizmente ele deixa claro que não temos capacidade intelectual, produtiva e disposição para arregaçar as mangas e trabalhar duro. Pela sua ótica, trancar nossa economia é a melhor forma de proteger a indústria nacional. Uma pena o ministro pensar assim, já que o seu diagnóstico conflituoso pede remédios amargos, com resultado prático pífio. Placebo no organismo dos outros é refresco, não é? Alguém aí poderia avisar o digníssimo que o responsável por dilacerar a indústria nacional não é o livre comércio, mas sim:
cCarga tributária (IRPJ de 15%, mais uma sobretaxa de 10% sobre o lucro que ultrapassa um determinado valor, mais CSLL de 9%, mais PIS de 1,65%, e mais COFINS de 7,6%), inflação monetária (aumentar artificialmente o lucro das empresas faz com que o volume de impostos que elas são obrigadas a pagar aumente na mesma proporção, acabando com seus recursos, além de encarecer preços dos bens de capital e diminuição na capacidade de investimento), burocracia, encargos sociais e trabalhistas e os sindicatos.
Será que a culpa é mesmo do livre mercado?
ISTO É: Qual é a sua visão sobre o futuro do capitalismo?
Mantega: O capitalismo precisa ser sempre reinventado. Onde está dando mais certo? Nos países que adotaram o capitalismo de Estado. Não vamos comparar o Brasil com a China, onde 80% da economia está sob controle do Estado. Mas o Brasil tem bancos públicos também, o Brasil tem financiamento público. O que está em crise é o capitalismo liberal clássico, o capitalismo da desregulamentação financeira, que nos levou a esta crise toda. Modestamente, acho que uma das formas mais eficientes de capitalismo é a do Brasil. É um capitalismo que traz diretamente benefícios à população. Estamos longe do modelo europeu de desenvolvimento, mas estamos a caminho de alcançá-lo.
Primeiro ele admite que o Brasil adota um modelo capitalista de Estado, depois afirma ser uma das formas mais eficientes de capitalismo e finaliza indicando o Brasil como um modelo a ser seguido.
Capitalismo de Estado nada mais é do que uma aliança entre governo e grupos de interesse, promovendo a transferência de riqueza e status. Partes influentes da sociedade contam com privilégios especiais, sempre à custa do imposto alheio.
Portugal, Espanha, Itália e Grécia, países que o ministro afirma encontrarem-se no apogeu do modelo de desenvolvimento, estão com seus estados inchados e o assistencialismo crescente levou-os praticamente à bancarrota. Será que esse é o modelo que está dando certo mesmo?
Por fim, ele afirma que “o capitalismo precisa ser reinventado”. Seria o mesmo que dizer que os primeiros designers da roda erraram a mão. A roda deveria ser quadrada, o pá!
Se o nosso ilustríssimo ministro ainda não sabe, o capitalismo é um arranjo espontâneo que surgiu das trocas voluntárias entre os indivíduos e da divisão do trabalho. Não permite reinvenção. Os adeptos da engenharia social já fizeram um péssimo trabalho ao tentar adivinhar qual seria esse futuro utópico para os seres humanos. Esse modelo materialista adicionado à dialética helegiana não só NÃO trouxe benesses à sociedade, como iludiu todos os seus adeptos com a proposta de implantação de um modelo de “mundo dos sonhos”, impraticável. Contudo, Guido Mantega vem trabalhando para encontrar esse pote de ouro no final do arco-íris. Por hora, esse pote de ouro é produzido em larga escala, artificialmente, pelo Banco Central.
“Prefiro morrer queimado a ter que ler isso novamente. Burn, baby, burn!”


7 – Suas frases sem sentido
Nossa presidente calada é uma poeta. Agora…já que ela fala, e fala muito, divirta-se agora com As 25 Maiores Pérolas de Dilma Rousseff.
 “Melhor acabar com isso logo.”


8 – O vergonhoso apoio a Maduro na Venezuela
Fazer de conta que nada acontece na Venezuela. Essa é a posição do governo brasileiro em relação ao descalabro que vem ocorrendo na Venezuela. O silêncio só foi quebrado por Marco Aurélio Garcia, Assessor Especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais. Em visita à Venezuela, disse que há uma “valorização midiática” dos confrontos. “O País não parou, as coisas estão funcionando”, afirmou Garcia. Enquanto finge que tudo não passa de uma invenção da imprensa, Maduro e sua chavista, e milícias bolivarianas, multiplicam suas ações que boicotam, censuram, perseguem, torturam e matam manifestantes que são contrários ao governo de Nicolás Maduro. São apenas baderneiros, afinal a Venezuela é um dos países mais democráticos do mundo, com as maiores reservas de petróleo do mundo. Será mesmo? Será que o governo brasileiro não está acobertando um dos modelos mais ditatoriais da América Latina, que usa a Constituição como regras de um jogo para favorecer única e exclusivamente quem monopoliza as regras desse mesmo jogo.
De acordo com fontes do Banco Central da Venezuela, as reservas internacionais do país foram reduzidas a US$ 21 bilhões, dos quais US$ 12 bilhões são reservas de ouro mantidas pela China como garantia pelos mais de US$ 30 bilhões em empréstimos realizados nos últimos anos. Como a Venezuela não está em dia com as entregas de petróleo para rolar a dívida que contraiu com a China, o ouro não pode ser tocado pelo governo venezuelano. Aproximadamente US$ 7,5 bilhões das reservas são títulos emitidos por governos aliados, como Argentina, Bolívia, Cuba e Nicarágua. No passado, o BC venezuelano guardava essa quantidade no Tesouro americano, mas foram trocados por títulos inúteis – emitidos por alguns dos países mais insolventes da região – e que não podem ser liquidados de imediato, já que foram comprados com um desconto e valem menos que seu valor nominal. Ou seja, o que resta ao BC é um valor semelhante a meio bilhão de dólares. Como acabar com a escassez que assola a população dessa forma? Por que o governo brasileiro se cala para essas informações?
São quase duas décadas de más políticas, corrupção, falta de incentivo para a produção, má gestão e desvios.
A Revolução Bolivariana prevista por Chavéz, esse “socialismo do século XXI”, trouxe o previsto: uma inflação que supera amplamente o índice oficial de 56%; um desabastecimento da maioria dos produtos de consumo diário, peças e equipamentos; meios de comunicação censurados; poderes públicos que são apenas uma extensão do grupo governante e um sistema eleitoral viciado, que sempre dá a vitória ao poder oficial. A Venezuela vive uma pantomima democrática. É, na verdade, uma ditadura que exerce o poder sem restrições.
Felizmente, os cidadãos venezuelanos de todas as esferas da sociedade, estão protestando contra esse governo que é mais um fantoche dos comunas cubanos, que exercem seus mandos e desmandos com repressão e brutalidade.
O silêncio e placidez com que o governo vem encarando toda a situação do país vizinho, diz muito. Estão ajudando o presidente venezuelano Nicolás Maduro em uma batalha perdida. Parabéns…mais uma vez!
Um recadinho para Dilma e seus asseclas:


9- Nova matriz econômica
Em 2011, nossa querida Dilma e seus Cavaleiros da Távola Quadrada, Guido Mantega, Nelson Barbosa e Marcio Holland definiram e adotaram uma “Nova Matriz Econômica”, baseada em cinco pilares tão consistentes quanto as deliciosas paçoquinhas Amor: política fiscal expansionista, juros baixos, crédito subsidiado, câmbio desvalorizado e aumento das tarifas de importação para “estimular” a indústria nacional. E realmente seguiram à risca toda essa pataquada, prometendo taxas de investimentos semelhantes às dos tigres asiáticos, crescimento econômico chinês, aumento considerável na renda e um setor industrial forte e competitivo, nos moldes alemães. Resultado: déficits orçamentários crescentes, o paroxismo das tarifas de importação, recorde de subsídios – vide BNDES -, o endividamento da população alcançou níveis inimagináveis e a inflação de preços bateu no queixo da população, em patamares não vivenciados desde 2003. Ou seja, hoje podemos comemorar em quase 4 anos de governo Dilma, uma inflação acumulada de 26,78% e crescimento de apenas 8,23%. O PIB neste ano será um dos mais baixos do mundo. 
Se a presidente não sabe, brincar de criar dinheiro do nada, emprestá-lo e cobrar juros por ele, em primeira instância, pode até aumentar a demanda por consumo, por mão-de-obra e estimular investimentos; mas esse é um arranjo que funciona até a página dois. São medidas para inglês ver. Com o tempo, é claro, toda esta expansão do crédito levará a um aumento do endividamento e aumento acentuado nos preços, o que fará com que o BACEN aumente seus juros para tentar arremeter essa atividade econômica transloucada. 
O governo está apenas colhendo o que plantou nestes quatro anos. E pelo andar da carruagem petista, com suas políticas protecionistas, de câmbio e inflação, o buraco será ainda mais fundo caso Dilma Rousseff seja reeleita.
“Corra, Robin!!! Vai que o tripé desse robô não é econômico.”


10 – Dilma, a própria
Existem coisas que só acontecem no Brasil. Sapos são transformados em príncipes e guerrilheiras são transformadas em rainhas da noite para o dia. Dilma é o exemplo mais recente. Uma transformação inacreditável…uma ascensão meteórica…para uma vida medíocre.
Na luta armada, Dilma não conseguiu se destacar entre as principais lideranças. Posteriormente, iniciou sua vida política no Rio Grande do Sul exercendo sempre funções inexpressivas. Tentou fazer pós-graduação em Economia na Unicamp, mas não obteve sucesso. Não teve a capacidade sequer de fazer um simplório exame de qualificação de mestrado. Mesmo assim, garantiu, sei lá Deus por quais motivos, a fama de ‘doutora’ em Economia. Seu diletantismo profissional trouxe mais um revés para sua, até então, brilhante carreira; abriu em Porto Alegre uma lojinha de artigos populares, conhecidos como produtos de R$ 1,99. Não deu certo mais uma vez. Seria mais uma empresária vítima da própria falta de talento como empreendedora, mas a sorte de frequentar tão seleto grupo ideológico acabou favorecendo a ex-guerrilheira. Depois de tantos fracassos seguidos, virou ministra das Minas e Energia. Lula ficou impressionado com sua nova afilhada política, afinal, ela sabia usar um moderno notebook para realizar suas anotações. Depois de dois anos no ministério, no qual não apresentou nada de relevante ou digno de ser registrado aqui, foi novamente promovida. Após a queda do mensaleiro José Dirceu, Dilma Rousseff assumiu a chefia da Casa Civil.
Uma vida banal com feitos irrelevantes e currículo medíocre levaram-na à Presidência da República pouco tempo depois.
A tríplice coroa da mediocridade; o paroxismo de sua pobre existência. Politricks, just politricks.
Todas as razões apresentadas aqui descortinam o óbvio: Dilma Rousseff é um retumbante fracasso. Faça sua parte! Compartilhe esse artigo e diga em alto e bom som:
“Hasta La Vista, Dilma!”





PS- Um dos melhores textos que já lí nos últimos tempos!!

 
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