domingo, 6 de abril de 2008

Herança Balestrina

Morreu o Francês Balestre. Na França morre Jean Marie Balestre, ex-presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo). O mesmo que na terceira corrida de Senna (pilotando um carrinho que se arrastava, o Toleman) num circuito Francês, mandou o diretor da prova (também um Francês) dar término a competição exatamente na volta em que Senna ultrapassara Prost (outro Francês), que era o primeiro, dando apenas como válida a última volta, ou seja, um presidente da Federação que era Francês, mandando num diretor de prova também Francês, que em conjunto, dá a vitória a um piloto também Francês. Quantos “tambéns”, não é? Mas é para ressaltar as “coincidências” tão exageradas.

Insatisfeito com as peripécias de Senna nas pistas, em 89 este mesmo Presidente da FIA, este Francês, desclassifica Senna para dar o campeonato a Prost. E ainda o persegue com humilhações publicas, em atitudes vergonhosas, desonradas e nada esportivas...sequer honestas!

Veja o vídeo e compare a F1 da época de Senna, Prost, Piquet, Berger, Mansel...com esta F1 de hoje. Aliás, compreenda o que foi a era Schumacher comparando a era desses pilotos a era deste último. Schumacher foi um grande amigo de Balestre...não tinha como não ser.

Hoje morre Balestre, que deixa uma Formula 1 de pilotos medíocres, incapazes de dominar uma máquina...incapazes até mesmo de andarem colados uns nos outros sem bater. Aliás, se colar na traseira do outro toma punição, porque baterá com toda a certeza, e para evitar isso até normas foram criadas.

Uma F1 onde os carros fazem tudo, e com isso ficou muito mais fácil “dirigir” certas combinações, que antes eram quebradas por pilotos com raça...por mais armações que se fizesse por trás deles!

Deixou uma F1 que fica longe de ser um esporte. È sim, um negocio plenamente manipulável, onde os pilotos são apenas artigos de fácil reposição.

Deixou, o que antes era um esporte maravilhoso, como um bom exemplo do que seja desonra, desonestidade e vergonha.

Ao adoecer e ficar em estado grave (a alguns anos atrás), convoca uma coletiva para admitir o quanto perseguiu Senna e que muito o prejudicou, admitindo que o título de 1989 lhe deveria ser entregue por merecimento. Prost, diante de tais declarações, apenas se manteve calado.

Parece ter reconhecido sua contribuição ao mundo. O que deixou como resultado de seu trabalho...

Senna foi maior que isso. Senna foi Senna. Senna ficou como Senna! Ele, Balestre, apenas como um homem desonesto e desonrado.

E para se ter uma idéia do que era a F1 de nossa época, ou melhor, o que eram os pilotos antes da era Schumacher (a era das armações), se delicie com este vídeo que ta postado especialmente pra você!





PS- Semana passada o homem que substituiu Balestre, Max Mosley (o atual presidente da FIA), fora visto em fotografia publicada por um jornal Ingles, em uma festa, vestido de nazista...uma festa feita regada a champanhe e prostitutas. Esta é a mais pura realidade da F1 atual. A formula 1 da era Schumacher...a era das armações.

 
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